domingo, 6 de dezembro de 2009

Ketleyn Quadros


Nascida em Brasília, de origem humilde, esta foi à primeira vez que Ketleyn Quadros, de 20 anos, participa de Jogos olímpicos. Entre suas principais conquistas estavam até hoje o bronze no Pan-Americano de judô neste ano e o ouro no Torneio de Boras 2006, na categoria junior. No dia 11 de agosto de 2008 a judoca entrou para a história do judô e do esporte brasileiro, Ketleyn levou o bronze e conquistou a primeira medalha para o país nos Jogos olímpicos de Pequim. Ela tornou-se a primeira mulher brasileira a conquistar medalha em esporte individual. A medalha foi alcançada após cinco lutas na China.

O que te levou a praticar o Judô?

Vontade própria, amor à primeira vista, na verdade eu fazia natação, só que no caminho eu assistia o Judô e perdia a hora da natação, foi quando meu professor reclamou com minha mãe e eu disse que queria fazer judô, daí ela me colocou.

Você teve o incentivo da sua família quando decidiu a praticar o esporte?

Minha mãe sempre me deu apoio e foi uma grande guerreira e fundamental pra minha carreira, então tive total incentivo.

Qual a maior dificuldade que você encontrou quando começou a praticar o judô?

O financeiro, foi um dos principais motivos, porque aqui não tem estrutura.

Quando escolheu o judô como esporte, você sofreu alguma resistência já que ainda se falam em preconceito, por ser um esporte que julgam ser masculino?

Não, nenhuma e se sofri algum tipo de preconceito, não percebi que era.

Em sua opinião, você acha que o judô deveria ser mais divulgado? O que deveria ser feito?

Eu acho que tem melhorado muito, a tendência é melhorar cada vez mais .Acho que podia ter um projeto para as equipes de base e mais apoio em geral.

No seu ponto de vista qual a maior dificuldade encontrada pelos atletas aqui no Brasil, não só no judô, mas nos esportes em geral?

Mais investimentos para que um atleta consiga viver do esporte dignamente.

Qual o seu maior sonho como atleta?

Além de campeã na modalidade, quero ser campeã principalmente na vida, quero poder ajudar as pessoas no que estiver ao meu alcance.

O que representou a medalha de bronze na sua vida?

Ir aos jogos olímpicos sempre foi o meu sonho, ter conseguido a medalha foi conseqüência de toda uma preparação, fruto de esforço de várias pessoas, principalmente da minha mãe que foi onde eu tive um apoio incondicional e permitiu a minha continuidade no esporte. O que significa eu ainda não sei, mas to adaptando da melhor maneira com as responsabilidades que vem surgindo.

Quais são seus planos de agora em diante?

Primeiramente voltar aos estudos e continuar firme e forte nos treinamentos, porque ano que vem é ano de mundial na Holanda e preciso de toda uma preparação para me classificar para ir ao Mundial.

Você ainda tem vontade de voltar a uma olimpíada para tentar conseguir uma medalha de ouro?

Tenho sim, o meu sonho é ser a campeã olímpica e penso sim, mas, acho que é um passo de cada vez, existem treinos, competições e metas a alcançar.

Fala-se muito em patrocínio, no incentivo aos esportes. Quanto a Pequim você teve incentivo?

Até agora eu continuo sem patrocínio, mais tive incentivo e apoio do meu clube atual, que é a equipe Belo Dente do Minas Tennis Clube, da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), fora o incentivo de amigos e professores.

Hoje você como exemplo de superação, qual seria sua palavra de incentivo para os jovens atletas que praticam os esportes em busca de realização pessoal e profissional?

Primeiramente, isso tem que ser realidade de toda família, porque o que faz o diferencial é o apoio da família pelo menos foi o meu caso, e aos jovens que pretendem seguir carreira, eu digo que quando agente tem foco, deseja e corre atrás apesar das dificuldades, penso que nada nessa vida é fácil, no entanto, é possível e as dificuldades acabam fazendo parte. Um fator de grande importância foi os meus estudos que apesar de tudo terminei o ensino médio, faço faculdade e tento conciliar da melhor maneira tanto o esporte, quanto os estudos que pra mim, andam de mãos dadas.

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